...Leitores,,,

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Quantas vezes você sentiu angústia, uma dor no peito incontrolável, uma vontade imensa de colocar para fora o que sentia, com a nítida sensação que se não falasse iria explodir e percebeu que não havia ninguém com quem falar? Ou ainda, quantas vezes desabafou com alguém que confiava e depois tudo aquilo que foi confidenciado tornou-se alvo de fofocas ou comentários maldosos?
Já percebeu as infinitas vezes que procurou alguém para falar o que estava sentindo e era só parar para respirar, o outro logo vinha contando a própria história, te deixando com a sensação de que não foi ouvido? E naquele momento você precisava apenas de alguém com sensibilidade para que o ouvisse com atenção para aliviar sua dor.



A experiência do outro pode até ajudar, mas o que acontece mesmo é que todos estão tão ansiosos para falar, que nem percebem o momento que devem calar e permitir que quem os procurou tenham apenas um ombro para chorar. A última coisa que você queria era ouvir mais problemas, já que naquele momento estava difícil suportar os seus, não é mesmo? E mesmo você desejando apenas alguém que o ouvisse, teve que suportar julgamentos, críticas e opiniões, que sequer havia pedido.
Parece que o fato de falar dá ao outro o direito de julgar, emitir opiniões, mesmo quando não solicitado. Há ainda aqueles que nos dão seu silêncio, mas não o silêncio de apoio que se demonstra num olhar, num abraço apertado, nos oferecem aquele silêncio que não há outra forma de interpretar senão como desprezo, indiferença, e acabamos somando mais uma dor, nos fazendo sentir que nossos sentimentos não têm valor algum. E como isso também dói.




Os sentimentos e emoções afetam todo nosso organismo como todos nós sabemos. Como não é algo que podemos visualizar, é abstrato, muitas vezes temos dificuldade em identificá-los ou entendê-los e assim, organizá-los. Sentimos angústia, cansaço, uma grande confusão que nos impede até de pensar e, fugimos. Não queremos pensar e muito menos enfrentar, ainda que inconscientemente. Mas logo a angústia insiste em retornar como se fosse para nos lembrar que há algo mal resolvido dentro de nós.



Nesse momento, muitas vezes, o melhor amigo poderá ser um papel em branco, é isso mesmo, uma folha onde você poderá escrever tudo o que sente, sem julgamentos. Quando você escreve o que sente, permite uma conexão com você mesmo e com tudo aquilo que você tem de mais valioso: seus sentimentos. Ainda que ninguém os respeitem ou considerem, você deve respeitá-los e acima de tudo, ouvi-los


Um comentário:

Débora Canez disse...

Adorei o seu blog. O texto é perfeito, por isso tenho um blog, onde posso desabafar sem ter medo de reações adversas.

Bjs